Amazon.com.br:Avaliação de clientes: Escravidão – Vol. 1 – Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares

Para os fãs das obras anteriores do autor (1808,1822,1889), este livro que é o primeiro de uma trilogia sobre a escravidão é uma recomendação fácil. Nele, o autor começa a mostrar como o escravidão interligou de forma cruel e sangrenta as histórias de Portugal, Brasil e África.

Este volume contém uma breve e esclarecedora história da escravidão na humanidade, mas seu foco é mesmo no estudo de como e do porquê a escravidão negra na África foi levada a cabo por Portugal para povoar e explorar suas terras 'descobertas' na época das grandes navegações. Para entender este ponto, passa-se pelas navegações portuguesas, do início da ocupação brasileira (com o genocídio indígena) até chegar na solução para a mão-de-obra do Brasil: os escravos africanos.

Neste processo, mostra-se como se sucedeu o processo escravizador na África desta época e o uso de escravos nas colônias portuguesas e espanholas, com ênfase no Brasil até a queda do quilombo de Palmares no final do século XVII. A continuação do relato dos séculos XVIII em diante continuará nos próximos dois volumes.

O capítulo sobre a história da escravidão na humanidade é especialmente interessante, trazendo os costumes de várias civilizações e povos da história (egípcia, greco-romana, muçulmanos, europeus, etc). Há um material bem rico sobre a origem dos escravos da África e para onde se destinaram no Brasil e nas Américas.

O ponto mais chocante do livro (apesar de todo ele o ser para qualquer leitor desta época) é o relato sobre como eram os navios negreiros. Aí consegue-se entender de forma mais nítida o que Castro Alves quis contar em sua poesia...

Sua escrita continua clara e os fatos são expostos de forma bem acessível. O tema tratado é muito relevante, pois é muito pouco abordado na escola e com pouca profundidade. Para o Brasil, o último país das Américas a abolir a escravatura e com a segunda população com raízes negras do mundo, atrás apenas da Nigéria, esta é uma obra muito bem-vinda para que um tema tão importante seja levado a mais pessoas fora do mundo acadêmico. Entender suas raízes escravocratas podem ajudar os brasileiros a entenderem por que motivo os negros encontram-se tão oprimidos social e economicamente no Brasil até o século XXI.

98 pessoas acharam isso útil

O autor não romantiza a Escravidão, essa covardia aconteceu...

44 comentários

Marcos Oliveira

28 de setembro de 2019

Ainda não terminei a leitura, recomendo ler em conjunto com o Livro Brasil : uma Biografia de Lilia Schwarcz, os primeiros capítulos falam da construção do Brasil e o tema Escravidão é bem latente, o raciocínio de ambos estão bem alinhados, se completam... Quanto ao Livro Escravidão, é daqueles livros de estudo, lança luz em vários sub-temas no contexto da Escravidão, esclarece como se formou a ideologia racista e preconceituosa no Brasil, usa muito bem a linguagem jornalística objetiva e clara.
É daqueles Livros que vale a pena ter com você para sempre estar explorando o Tema... Ele toca na ferida sem romantizar as covardias sofridas pelos escravizados no Brasil por mais de 3 séculos.
Uma Leitura mais do que recomendada !!

30 pessoas acharam isso útil

Trabalho histórico de primeira linha.

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Fernando Gonçalves

23 de agosto de 2019

Um ótimo trabalho literário e pesquisa muito bem feita pelo Laurentino.

30 pessoas acharam isso útil

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Lis

Obra muito boa

3 de setembro de 2019

A introdução deveria ser mais imparcial, parece que está puxando saco de determinado partido político, mas a obra em si é muito boa, vale a pena.

17 pessoas acharam isso útil

O homem é o lobo do homem!

77 comentários

16 de setembro de 2019

O livro é fruto de uma pesquisa extraordinária, muito bem escrito e que discute e atualiza as polêmicas sobre este tema. Este é o problema desta obra: trata-se de um desfilar de horrores interminável. Para piorar, ao analisar diferentes povos africanos, o tema é sempre o mesmo: o tráfico negreiro. Isso torna a leitura repetitiva, monótona e tediosa. Enfim, uma obra indispensável, mas sua leitura exige uma enorme paciência.

9 pessoas acharam isso útil

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Jose

Incrível jornada

5 de setembro de 2019

Uma viagem espetacular pelo interior da alma brasileira que nos deixa diante do passado e suas sombras históricas a revelar nossa formação.

10 pessoas acharam isso útil

Eficiente obra, porém repetitiva.

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19 de outubro de 2019

O autor mostrou nessa obra o resultado de intensa pesquisa.
Com seu estilo jornalístico de narrar, a leitura flui bem.
Infelizmente, valorizou tanto os dados que acabou repetindo muitos deles, até seguidamente.
Se não acontecesse essa repetição, seria muito mais fluída e agradável a leitura, pois o tema é riquíssimo.
Apesar disso, a obra continua muito boa, pecando apenas nesse aspecto.

6 pessoas acharam isso útil

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Cláudio MB

Magistral

3 de outubro de 2019

O autor , que é jornalista, escreve para
um público alvo entusiasta em história . Seu estilo jornalístico é cativante , mantendo o foco e atenção do leitor em toda obra.
Li 1808 e 1822 . Confesso que achei ambos um pouco superficiais.
Já neste volume , acho que serve de referência para o público leigo e para o público acadêmico .
A pesquisa foi muito bem conduzida e creio que já é uma das grandes obras sobre o assunto.
Aguardo ansioso os próximos dois volumes a serem lançados.

6 pessoas acharam isso útil

Laurentino Gomes escreve didaticamente sobre um tema complexo e doloroso

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12 de novembro de 2019

Laurentino Gomes escreve didaticamente sobre um tema complexo e doloroso. O livro é uma ótima obra introdutória, com a compilação de fontes primárias e secundárias sobre a escravidão e seu peso estrutural no processo de formação do Brasil. Indicado ao público em geral, mas especialmente importante para alunos (as) do ensino médio.

2 pessoas acharam isso útil

Assunto vibrante e atual em narrativa saborosa e competente

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Ronaldo Cereda

16 de novembro de 2019

Com o texto de estilo jornalístico competente de sempre e uma pesquisa de fôlego, o autor aborda novamente um tema histórico extremamente interessante e atual: a escravidão africana no Brasil. É leitura agradável do começo ao fim. Do lado negativo, há muitas afirmações que se repetem em diferentes capítulos do livro, o que sugere que o texto pode ter sido escrito a várias mãos ou, pelo menos, em ordem diferente daquela em que é apresentado. Há também alguns deslizes históricos de menor importância, mas que não pegam bem em um livro que trata exatamente de matéria histórica: por exemplo, as afirmações de que Julio César teria sido "imperador romano" e de que o primeiro bispo católico africano teria sido nomeado na época do tráfico negreiro (Santo Agostinho, africano, foi bispo de Hipona, já no século V) .

2 pessoas acharam isso útil