Não dá para negar que expectativas costumam ditar se você gosta ou não de uma leitura. A questão nem é só ter altas ou baixas expectativas, mas esperar aquilo que o livro vai mesmo entregar. Uma linda história inspirada em contos de fadas vai decepcionar quem esperava ação e intrigas políticas, um livro contemporâneo e adolescente sempre vai parecer infantil para quem espera uma história adulta. Isso não diminui um livro, não é o que determina sua qualidade. Ter as expectativas certas te ajuda a julgá-lo como merece.
Children of Blood and Bone teve um dos maiores hypes que eu já vi. Praticamente todas as pessoas em quem eu mais confio para resenhas já leram e deram pelo menos quatro estrelas. Isso fez ser impossível eu não ter nenhuma expectativa. Tinha horas que pegava o livro nas mãos e desistia de ler, só porque sabia que estava já animada demais para ele, a ponto de talvez ofuscar sua verdadeira história. Ainda não sei como é possível ter tantas expectativas para um livro e ver todas elas se concretizarem, no meio de várias outras surpresas ainda.
Esse livro vale por toda uma trilogia. O desenvolvimento dos personagens, mesmo que às vezes tenham me parecido um pouco rápidos (principalmente para a Amari), foi o suficiente para uma série toda. O enredo mais ainda. Esse livro poderia facilmente ser único se a autora quisesse.
E aqui entra minha crítica para ele, mesmo que não seja o suficiente para tirar parte da nota: as dificuldades e os obstáculos que os protagonistas precisaram superar foram um pouco demais. Foram tantos, aliás, que o enredo parece mesmo o suficiente para pelo menos dois livros bem movimentados. Dava para tirar uns dois obstáculos que ajudaria o livro a não parecer tão extremo como ficou, a ponto quase de se tornar forçado. Tenho mais medo ainda das expectativas que esse me fez criar para o próximo, porque vai ser bem difícil superá-lo.
Mas é um livro ideal para quem ama fantasia, quem quer ver personagens reais e complexos tentando lidar com a responsabilidade de salvar um povo e quem quer passar algumas horas em um mundo novo que teve como inspiração uma cultura que definitivamente deveria já ter aparecido mais por outros livros famosos. Esse livro junta todos os melhores elementos da fantasia, mas em um mundo tão incomum nessa literatura, que faz dele único.
Minha parte favorita de toda a história, e minha maior surpresa, foi a relação da Amari com a Zélie, aliás. Mesmo se todo o resto não tivesse sido emocionante, divertido e interessante quanto for, só de assistir as duas irem de desconhecidas à companheiras já teria valido a pena. O romance de cada uma delas é bem bacana também, principalmente o da Zélie, mas não chega nem perto do quanto foi lindo ver a confiança uma pela outra crescer nelas, como as irmãs que sempre deveriam ter sido. Por mais livros assim!
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Filhos de sangue e osso (Português) Capa comum – 8 outubro 2018
por
Tomi Adeyemi
(Autor),
Petê Rissatti
(Tradutor)
Tomi Adeyemi
(Autor)
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ISBN-108568263712
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ISBN-13978-8568263716
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Edição1ª
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EditoraFantástica Rocco
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Data da publicação8 outubro 2018
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IdiomaPortuguês
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Dimensões22.86 x 16 x 3.05 cm
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Número de páginas560 páginas
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Detalhes do produto
- Editora : Fantástica Rocco; 1ª edição (8 outubro 2018)
- Idioma : Português
- Capa comum : 560 páginas
- ISBN-10 : 8568263712
- ISBN-13 : 978-8568263716
- Dimensões : 22.86 x 16 x 3.05 cm
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Ranking dos mais vendidos:
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Por onde começar a resenha desse livro? Filhos de Sangue e Osso é uma fantasia de alto nível. Eu poderia falar sobre a excelente construção do reino de Orisha ou sobre a complexa estruturação da magia dos Maji. Mas vou falar sobre o que considero mais importante na história, pois, depois de ler, eu não me lembro mais de todos os tipos de Maji, nem dos nomes das vilas de Orisha
Eu me lembro da mensagem.
No livro, acompanhamos a história de Zélie, uma menina da raça divinal, raça excluída e marginalizada pelo reino. Os divinais pagam impostos mais elevados, têm sua liberdade cerceada e são chamados de verme por aqueles que detêm o poder. Eles são a parcela mais pobre do reino, vivem afastados dos grandes centros de poder e sofrem violência todos os dias, física, verbal ou simbólica. Lembra algum grupo da nossa sociedade? Não? Então você precisa ler Filhos de Sangue e Osso.
A crítica ao racismo estrutural e individual nesse livro é clara, bem como a crítica à violência policial, à sexualização da mulher negra e a tantas outras formas pelas quais o racismo se expressa socialmente. No livro, Zélie luta pela sobrevivência de seu povo, pela liberdade dos divinais, pela reparação da opressão sofrida por tanto tempo.
Filhos de Sangue e Osso é uma verdadeira aula sobre racismo e discriminação, sobre luta e resistência, sobre reparação e sobrevivência. Esse livro é a prova de que a literatura importa, de que ela educa. E a educação liberta.
Depois de tudo isso, preciso esclarecer por que não dei 5 estrelas pra esse livro. Alguns pontos da narrativa me incomodaram, e considerei que foram pontos importantes demais pra serem relevados. O primeiro deles é a construção um pouco falha do personagem Inan. A ideia do personagem é que ele viva um dilema entre fazer o que é certo para o reino e fazer o que é certo para o povo, entre se manter submisso ao seu pai ou romper essa relação de abuso, entre a ganância e a humanidade, entre o poder e o amor. Porém o conflito interno do príncipe deixou um pouco a desejar, passando a ideia de que ele é apenas um menino indeciso, sendo que há muita coisa por detrás dessa indecisão.
O segundo ponto que fez com que o livro perdesse uma estrela é o excesso de acontecimentos. A narrativa é rápida, o que prende o leitor, porém é excessivamente intensa. Há sempre um conflito, uma luta, uma briga acontecendo, o que pode tornar a leitura cansativa. Esse excesso de acontecimentos torna-se um problema também quando algumas explicações não são dadas ou se perdem no meio de tanta ação.
Apesar desses pontos, como eu afirmei no começo da resenha, a mensagem do livro e as críticas que são feitas ao longo da obra tornam a leitura necessária para qualquer um que pretenda se engajar na luta antirracista.
Eu me lembro da mensagem.
No livro, acompanhamos a história de Zélie, uma menina da raça divinal, raça excluída e marginalizada pelo reino. Os divinais pagam impostos mais elevados, têm sua liberdade cerceada e são chamados de verme por aqueles que detêm o poder. Eles são a parcela mais pobre do reino, vivem afastados dos grandes centros de poder e sofrem violência todos os dias, física, verbal ou simbólica. Lembra algum grupo da nossa sociedade? Não? Então você precisa ler Filhos de Sangue e Osso.
A crítica ao racismo estrutural e individual nesse livro é clara, bem como a crítica à violência policial, à sexualização da mulher negra e a tantas outras formas pelas quais o racismo se expressa socialmente. No livro, Zélie luta pela sobrevivência de seu povo, pela liberdade dos divinais, pela reparação da opressão sofrida por tanto tempo.
Filhos de Sangue e Osso é uma verdadeira aula sobre racismo e discriminação, sobre luta e resistência, sobre reparação e sobrevivência. Esse livro é a prova de que a literatura importa, de que ela educa. E a educação liberta.
Depois de tudo isso, preciso esclarecer por que não dei 5 estrelas pra esse livro. Alguns pontos da narrativa me incomodaram, e considerei que foram pontos importantes demais pra serem relevados. O primeiro deles é a construção um pouco falha do personagem Inan. A ideia do personagem é que ele viva um dilema entre fazer o que é certo para o reino e fazer o que é certo para o povo, entre se manter submisso ao seu pai ou romper essa relação de abuso, entre a ganância e a humanidade, entre o poder e o amor. Porém o conflito interno do príncipe deixou um pouco a desejar, passando a ideia de que ele é apenas um menino indeciso, sendo que há muita coisa por detrás dessa indecisão.
O segundo ponto que fez com que o livro perdesse uma estrela é o excesso de acontecimentos. A narrativa é rápida, o que prende o leitor, porém é excessivamente intensa. Há sempre um conflito, uma luta, uma briga acontecendo, o que pode tornar a leitura cansativa. Esse excesso de acontecimentos torna-se um problema também quando algumas explicações não são dadas ou se perdem no meio de tanta ação.
Apesar desses pontos, como eu afirmei no começo da resenha, a mensagem do livro e as críticas que são feitas ao longo da obra tornam a leitura necessária para qualquer um que pretenda se engajar na luta antirracista.

4,0 de 5 estrelas
Uma fantasia como nenhuma outra
Por Luísa Fajardo em 9 de janeiro de 2019
Por onde começar a resenha desse livro? Filhos de Sangue e Osso é uma fantasia de alto nível. Eu poderia falar sobre a excelente construção do reino de Orisha ou sobre a complexa estruturação da magia dos Maji. Mas vou falar sobre o que considero mais importante na história, pois, depois de ler, eu não me lembro mais de todos os tipos de Maji, nem dos nomes das vilas de OrishaPor Luísa Fajardo em 9 de janeiro de 2019
Eu me lembro da mensagem.
No livro, acompanhamos a história de Zélie, uma menina da raça divinal, raça excluída e marginalizada pelo reino. Os divinais pagam impostos mais elevados, têm sua liberdade cerceada e são chamados de verme por aqueles que detêm o poder. Eles são a parcela mais pobre do reino, vivem afastados dos grandes centros de poder e sofrem violência todos os dias, física, verbal ou simbólica. Lembra algum grupo da nossa sociedade? Não? Então você precisa ler Filhos de Sangue e Osso.
A crítica ao racismo estrutural e individual nesse livro é clara, bem como a crítica à violência policial, à sexualização da mulher negra e a tantas outras formas pelas quais o racismo se expressa socialmente. No livro, Zélie luta pela sobrevivência de seu povo, pela liberdade dos divinais, pela reparação da opressão sofrida por tanto tempo.
Filhos de Sangue e Osso é uma verdadeira aula sobre racismo e discriminação, sobre luta e resistência, sobre reparação e sobrevivência. Esse livro é a prova de que a literatura importa, de que ela educa. E a educação liberta.
Depois de tudo isso, preciso esclarecer por que não dei 5 estrelas pra esse livro. Alguns pontos da narrativa me incomodaram, e considerei que foram pontos importantes demais pra serem relevados. O primeiro deles é a construção um pouco falha do personagem Inan. A ideia do personagem é que ele viva um dilema entre fazer o que é certo para o reino e fazer o que é certo para o povo, entre se manter submisso ao seu pai ou romper essa relação de abuso, entre a ganância e a humanidade, entre o poder e o amor. Porém o conflito interno do príncipe deixou um pouco a desejar, passando a ideia de que ele é apenas um menino indeciso, sendo que há muita coisa por detrás dessa indecisão.
O segundo ponto que fez com que o livro perdesse uma estrela é o excesso de acontecimentos. A narrativa é rápida, o que prende o leitor, porém é excessivamente intensa. Há sempre um conflito, uma luta, uma briga acontecendo, o que pode tornar a leitura cansativa. Esse excesso de acontecimentos torna-se um problema também quando algumas explicações não são dadas ou se perdem no meio de tanta ação.
Apesar desses pontos, como eu afirmei no começo da resenha, a mensagem do livro e as críticas que são feitas ao longo da obra tornam a leitura necessária para qualquer um que pretenda se engajar na luta antirracista.
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