Amazon.com.br:Avaliação de clientes: Cem anos de solidão
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Avaliação de clientes

4,7 de 5 estrelas
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5 estrelas
86%
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3 estrelas
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Cem anos de solidão

Cem anos de solidão

porGabriel García Márquez
Formato: eBook KindleAlterar
Preço:R$40,41
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Principal avaliação positiva

Ver todos os 179 comentários positivos›
Luciana Queirós
100 PRINCIPAIS AVALIADORES
5,0 de 5 estrelasUm dos mais importantes romances latino-americanos
30 de julho de 2017
Gabo, como leitor de Faulkner, Borges, Kafka e Hemingway, não poderia ter criado uma obra fantástica mais grandiosa.
Autor de diversas obras, a questão da busca da identidade latino-americana sempre foi tema chave de suas narrativas, uma vez, que conforme o mesmo salientou em seu discurso na Suécia em 1982, ao ser premiado com o Nobel, a América Latina sempre foi subjugada, despida e abandonada após a colonização, além da usurpação de suas riquezas.
Expôs ali de forma comovente, as 05 guerras sofridas, os 19 golpes de Estado, os 120 mil desaparecidos e a morte de 20 milhões de crianças antes de completarem dois anos.

Focado, portanto, na questão da solidão latino-americana, no seu esquecimento e não reconhecimento, García Márquez nos presenteia com uma obra magistral, na qual, com pitadas fantásticas, narra tudo aquilo pelo qual sofremos, desde o totalitarismo, o roubo de propriedades, a ditadura, os traços do capitalismo do explorador para com o explorado, até questões ligadas à nossa própria cultura e história, assim como o incesto e o machismo.

É bem verdade que tudo que ocorre na cidade imaginária de Macondo (local central da narrativa) não existe, mas, poderia existir.
Quando descreve o massacre aos povos latinos na obra, Márquez utiliza-se de histórias reais, como a Guerra dos Mil Dias e o massacre dos trabalhadores bananeiros em Ciénaga, no ano de 1928, ocasião, na qual, contabilizou mais de 100 mil mortos.

A obra é tão rica, que poderíamos fazer fáceis paralelos com Hannah Arendt, Rousseau, Hobbes e José Afonso da Silva, no tocante a construção de sociedade plural, de equidade, de justiça (ou na falta dela), além do porquê de termos tamanhos problemas econômicos na América Latina.
Deste modo, fica claro que o prazer na leitura advém não somente da forma bela da escrita de Gabo, e, sim, via a identificação de cada um de nós com o livro e nossa própria história, sendo, portanto, recomendável a leitura.
Se privar de ler Cem Anos de Solidão, é se privar de se conhecer.

No tocante à estética, a Editora Record deveria utilizar de um material melhor, suas folhas são de baixa qualidade, mas, suportável, tal qual atestam as imagens. :)
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Principal avaliação crítica

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Ubs
3,0 de 5 estrelasUm tanto cansativo
12 de dezembro de 2018
um tanto cansativo, sem proposito, com muita mistura de ficcao e realiddade. Li ate o fim esperando uma grande reviravolta para entender o motivo deste livro ser tao aclamado. Ainda neo entendi. Prefiro dickens, tolstoy, follet..
Entretanto, em alguns momentos me envolveu. Por isso 3 estrelas
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Luciana Queirós
100 PRINCIPAIS AVALIADORES
5,0 de 5 estrelasUm dos mais importantes romances latino-americanos
30 de julho de 2017
Formato: Capa comumCompra verificada
Gabo, como leitor de Faulkner, Borges, Kafka e Hemingway, não poderia ter criado uma obra fantástica mais grandiosa.
Autor de diversas obras, a questão da busca da identidade latino-americana sempre foi tema chave de suas narrativas, uma vez, que conforme o mesmo salientou em seu discurso na Suécia em 1982, ao ser premiado com o Nobel, a América Latina sempre foi subjugada, despida e abandonada após a colonização, além da usurpação de suas riquezas.
Expôs ali de forma comovente, as 05 guerras sofridas, os 19 golpes de Estado, os 120 mil desaparecidos e a morte de 20 milhões de crianças antes de completarem dois anos.

Focado, portanto, na questão da solidão latino-americana, no seu esquecimento e não reconhecimento, García Márquez nos presenteia com uma obra magistral, na qual, com pitadas fantásticas, narra tudo aquilo pelo qual sofremos, desde o totalitarismo, o roubo de propriedades, a ditadura, os traços do capitalismo do explorador para com o explorado, até questões ligadas à nossa própria cultura e história, assim como o incesto e o machismo.

É bem verdade que tudo que ocorre na cidade imaginária de Macondo (local central da narrativa) não existe, mas, poderia existir.
Quando descreve o massacre aos povos latinos na obra, Márquez utiliza-se de histórias reais, como a Guerra dos Mil Dias e o massacre dos trabalhadores bananeiros em Ciénaga, no ano de 1928, ocasião, na qual, contabilizou mais de 100 mil mortos.

A obra é tão rica, que poderíamos fazer fáceis paralelos com Hannah Arendt, Rousseau, Hobbes e José Afonso da Silva, no tocante a construção de sociedade plural, de equidade, de justiça (ou na falta dela), além do porquê de termos tamanhos problemas econômicos na América Latina.
Deste modo, fica claro que o prazer na leitura advém não somente da forma bela da escrita de Gabo, e, sim, via a identificação de cada um de nós com o livro e nossa própria história, sendo, portanto, recomendável a leitura.
Se privar de ler Cem Anos de Solidão, é se privar de se conhecer.

No tocante à estética, a Editora Record deveria utilizar de um material melhor, suas folhas são de baixa qualidade, mas, suportável, tal qual atestam as imagens. :)
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Caio Jean
50 PRINCIPAIS AVALIADORES
5,0 de 5 estrelasÍmpar
4 de julho de 2017
Formato: Capa comumCompra verificada
Cem Anos de Solidão conta a história de uma família (os Buendía) e de uma cidade (Macondo) que estão isolados do resto do mundo, encerrados pela solidão. Com uma habilidade ímpar o autor nos leva para aquela cidade para condenar as mazelas de todo um povo. E é neste ponto que o livro ganha universalidade, pois a história daquele vilarejo e daquela família se confunde com a história da própria América Latina; com as denúncias de corrupção, exploração, genocídios, revoluções, despotismo e etc; percebermos que Macondo corresponde a qualquer cidade, estado ou país deste vasto continente.
A história vai ainda além, trata do próprio esquecimento, ora de maneira figurada ora de maneira literal, para nos mostrar o esquecimento da nossa América e o poder disso sobre o tempo, que acaba dando voltas, onde os governos repetem as mesmas atitudes que já foram tomadas.
Para mim a obra não é só universal, ela é fractal, pois ao mesmo tempo em que é universal, é também individual, pois nos toca profundamente com o sentimento da solidão, tão presente na obra, e percebemos o quanto ela é presente na vida. Mesmo quando compartilhamos a vida ou o amor com alguém, ainda assim a solidão estará lá.
Por fim, a obra não só trata de tudo isso, como trata de forma fantástica (figurativa e literalmente). Por exemplo, há uma parte da obra em que uma mulher levita. Inicialmente, isso pode parecer desconcertante, mas é descrito com tanta naturalidade e perfeição que te cativa. Há outras tantas fantasias no livro em que o real se confunde com o mágico, virando o Realismo Mágico, estilo tão contundente quanto belo. Mas o melhor é que essas fantasias são carregadas de metáforas, como no exemplo acima, a cena passa a ideia da pureza da inocência que é intocável e que depois de um tempo precisa abandonar aquele lugar, ou mesmo, aquela pessoa.
Gabriel Garcia Marquez tem a fama de ser um excelente contador de histórias, e só após a leitura deste livro é que se percebe como o adjetivo é verdadeiro. Agora entendo porque há pessoas que já leram mais de dez vezes esse livro na vida.
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Fabio Junio
5,0 de 5 estrelasUma relíquia da literatura
10 de novembro de 2018
Formato: Capa duraCompra verificada
Essa é uma das obras obrigatórias na estante de todo fã da literatura, na minha opinião, todo mundo já na vida deveria a ler essa obra ao menos uma vez, Garcia Márquez nos deixou essa relíquia, que nos faz refletir muito sobre nossas vidas. E essa edição? Maravilhosa. Se vc ainda não tem , não perca tempo. Parabéns editora Record trabalho maravilhoso, Essa obra merece.
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Mariana S. Gonzaga
5,0 de 5 estrelasO melhor (ou entre os melhores) livro de todos os tempos!!!
3 de abril de 2018
Formato: Capa duraCompra verificada
Inesquecível! Obra Magnífica..É daqueles livros que marcam e que a gente jamais esquece, ou confunde com qualquer outro. Me causou sensaçoes diversas, mas a mais frequente foi aquela impressão de 'soco no estômago' (risos). Nostálgico tanto quanto o Amor nos Tempos do Cólera, consegue ser angustiante e ao mesmo tempo delicioso, instigante... Já não tenho adjetivos para descrevê-lo... Magistral! Leiaaaam! Não passe pela vida sem ler Garcia Marquez! Vale muito a experiência! Quanto a ediçao comemorativa, é belíssima! De excelente qualidade e beleza. Um dos livros mais bonitos que tenho na estante!
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Charlles
50 PRINCIPAIS AVALIADORES
5,0 de 5 estrelasUm dos melhores livros de todos os tempos
31 de agosto de 2018
Formato: Capa duraCompra verificada
Cem Anos de Solidão ainda perdurará por bons anos como a maior realização do romance latino-americano. Na certa temos escritores melhores que GGM, que conseguiram estender sua qualidade por mais que os três livros realmente imortais do colombiano, mas nenhum deles conseguiu realizar um romance cujas proezas são tão imediatamente identificáveis como a saga dos Buendía. Cem Anos de Solidão oferece um universo tão completo da história, das características étnicas e das mentalidades latino-americanas_ com todos os seus humores e tragédias_, que esse livro exemplar extrapola a terrenicidade do seu autor. Sou um dos que julgam que GGM morreu após escrever O Amor nos Tempos do Cólera, e também me soam fúteis e totalmente dispensáveis a obra de não ficção em que ele ensaia seus posicionamentos políticos_ de uma forma em que o comentário de Bolaño de que GGM se encanta demasiadamente com generais e papas transforma em interpretação diagnóstica seu obliterado retrato de um ditador, O Outono do Patriarca. Mas Cem Anos de Solidão superou seu autor e adquiriu uma vida própria que o isola como um expoente estético e ideológico que pouco tem a ver com a figura dissipada que o escreveu.
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Camila B. Monteiro
5,0 de 5 estrelasLinda, linda, linda
25 de abril de 2018
Formato: Capa duraCompra verificada
Capa linda, folhas excelentes, cores bem escolhidas, letra agradável, preço justo...
Melhor do que isso, só que o próprio Gabriel García Marquez vier aqui em casa ler pram mim!!!! hahaha
A história é magnífica. Pura magia com realidade esmagadora. Acho que foi uma das melhores obras que já li na vida.
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roberto barreto marques e silva júnior
5,0 de 5 estrelasUma iguaria literária
1 de fevereiro de 2018
Formato: Capa comumCompra verificada
Sem duvida uma obra que nasce classica. Narrativa sem igual, história instigante, personagens impares. A experiência de leitura é arrebatora e reflexiva, misturando momentos verossimeis e bem relacionados a qualquer familia latino-americana com elementos miticos, fantasmagoricos e totalmente baseados na cultura e crenças populares que, outrora, eram narradas aos netos por avós entusiastas. Afora a loucura, a morte e a solidão como temas centrais, cabe também outros, tal como o ciclo de permanências que, curiosamente, se perpetuam com a mudança. Bem, não há comentário, crítica e resumo que substitua a experiência de leitura desta obra ímpar.
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Pedro Igor
100 PRINCIPAIS AVALIADORES
5,0 de 5 estrelasMístico e cativante
18 de março de 2019
Formato: Capa duraCompra verificada
Cem Anos de Solidão é uma experiência literária única, avassaladora em sua virtuosidade, de magnífica abrangência e habilidade narrativa impecável, marcante. Tentando descrever um livro como esse percebi que não existem outros livros como esse; é praticamente um gênero em si mesmo.

Usando todos os artifícios literários que aprendeu e compondo muitos outros à medida que prosseguia, García Márquez estabeleceu uma nova era na estrutura narrativa. O realismo mágico e a hipérbole abundam em sua fantástica história da mítica cidade de Macondo, separada por montanhas e uma estrada pantanosa de todo o resto e da família Buendía, cuja força vital era o coração dramático da aldeia desde o início até o final fatídico.

García Márquez emprega situações familiares incestuosas e repetitivas para enfatizar sua crônica e uma caracterização dinâmica que é labiríntica em sua complexidade. O humor negro percorre os antigos salões da mansão ancestral junto com os fantasmas daqueles que vieram antes. Incrivelmente García Márquez une tudo isso em um final completo e profeticamente sólido que respira como poesia até o final.

Devo admitir que essa revisão é totalmente inadequada. Este é um livro que deve ser lido, de forma profunda. Depois de virar a última página, fiquei mudo, tive que caminhar metaforicamente por alguns dias para reunir meus pensamentos sobre o que eu havia lido - realmente mais do que isso, o que eu tinha experimentado. Eu leio muitos livros e um livro que me cheira assim merece um pouco de reflexão.

Leiam com todas as suas forças.
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Rodrigo R.A.
5,0 de 5 estrelasO passaporte para Macondo.
21 de maio de 2018
Formato: Capa comumCompra verificada
Achei que sairia ileso de Cem Anos de Solidão. Já havia lido mais de 300 páginas quando, de repente, Gabriel García Márquez pareceu responder um de meus sonhos recorrentes. As palavras ficaram turvas e tive de interromper a leitura para enxugar os olhos.
No entanto, esta foi apenas minha reação mais pessoal ao livro. Após as primeiras páginas, eu já imaginava que não poderia sair ileso de Macondo (acho que poucas pessoas podem). Aliás, logo na primeira página, a compreensão de que “as coisas têm vida própria”, expressa pelo cigano Melquíades ao deslocar objetivos de ferro através de um imã, e de que “é só questão de despertar suas almas”...
Bem, isso já havia me enfeitiçado. Este livro (grande responsável pelo Nobel de Literatura dado ao Gabo – no ano de 1982) conta a trajetória, em ascendência e declínio, da família Buendía e da cidade de Macondo, fundada pelo patriarca: José Arcádio Buendía. Porém, de forma intrínseca a tal trajetória, Gabo concebe um compêndio de tudo; uma história sobre todas as coisas. Cada personagem é um universo; um universo isolado. Eis a tal solidão.

No início da leitura, eu me perguntava: como uma história sobre uma família e uma cidade – símbolos da integração social e do “não estar só” – também pode ser uma história sobre a solidão?
Nas palavras de Maria Lucia Homem¹: Mais do que um sentimento, a solidão é uma “condição estrutural do humano [...] o fato de que só você está no seu corpo, aqui e agora. É um aprisionamento”. É a ideia de que nascemos e morremos sozinhos, apesar de todas as maravilhosas ou terríveis interações que permeiam esses dois extremos.
Vale ressaltar que essa ideia tem uma falha: algumas pessoas não nascem sozinhas.
Mas, em algum ponto, encontramo-nos sós. Isso é exatamente o que acontece com os gêmeos Aureliano Segundo e José Arcádio Segundo (4ª geração dos Buendía). Da aparência idêntica, os irmãos fazem um jogo de espelho e se aproveitam da similaridade para trocar de identidades e se confundir numa brincadeira recíproca. Mas, em algum ponto da história, eles entregam-se a individualidade, encontram-se sós. Tornam-se diferentes, até mesmo fisicamente.

Úrsula Iguarán, a matriarca da família, sempre se perguntou se os gêmeos “em algum momento não teriam cometido um erro qualquer em seu intrincado jogo de confusões, e ficado trocados para sempre”.
Por falar nela, Úrsula é a personagem feminina mais forte que já encontrei nos livros. Sua resiliência é a verdadeira força por trás de todo o livro. De fato, demorei um pouco para perceber isso, afinal, eu estava maravilhado pelos adventos trazidos pelos ciganos e interessado nos empreendimentos fantásticos do sonhador José Arcádio (o patriarca).
Em outro momento, me encontrava preocupado com o destino do coronel Aureliano, que, à primeira vista, parece o personagem mais forte. Mas até mesmo ele sucumbe diante de Úrsula. Em um momento extremo disso, ela o ameaça: “juro perante Deus, que vou arrancar você de onde se meter, e vou mata-lo com minhas próprias mãos”. A mesma Úrsula que, em meio ao caos revolucionário que o filho instaura, fica descontente com o fato de que ele precisará passar o natal muito longe de casa. Longe de Macondo.
E é nos devaneios de Úrsula que encontrei o discernimento mais instigante do livro; quando ela percebe que “o tempo estava dando voltas redondas” ao invés de se mover para frente.

Ao pensar sobre isso, me lembrei de uma música popular brasileira, escrita por Belchior, cuja letra diz: “Minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. Também me lembrei de matérias jornalísticas, guardadas em livros de história, que contam um pouco sobre a ditadura militar de nosso país. Então, vendo o noticiário atual, fiquei com medo de que, de fato, o tempo pudesse estar “dando voltas redondas”, nos enredando num loop infinito de ignorância, que somente intercala os momentos para o sangue ser derramado. E ao fim, tudo é reduzido a uma mera questão política.
É muito difícil falar sem spoilers sobre outros aspectos do livro. É uma obra inesgotável para os mais variados assuntos. Em especial, o livro aborda temas da América Latina e de uma identidade muito própria dessa região. Valeu muito a leitura! O meu livro chegou em estado perfeito e super rápido! Valeu Amazon <3
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Wilson
1000 PRINCIPAIS AVALIADORES
4,0 de 5 estrelasNota 9,5
28 de abril de 2019
Formato: Capa duraCompra verificada
Esse livro me surpreendeu, sua escrita é algo incrível. Não é por acaso que o autor é prêmio Nobel de literatura. A obra traz consigo uma riqueza vocabular infindável. Quem adquirir a obra poderá conferir as proezas do Buendia (lembra bastante Dom Quixote ou mesmo o nosso Policarpo Quaresma em seu triste fim). Também poderá conferir a intensa migração dos personagens abordado pelo autor. Não é só macondo (aldeia fictícia da América latina) é muito mais.

Em relação ao material usado para confecção da obra, devo dizer que deixa a desejar um pouco. Não tem prefácio e nenhuma ilustração. A capa dura segue modelo padrão, porém as folhas são de papel reciclado (o que vai de encontro com uma "edição especial"). O leitor, também, não encontrará nenhuma nota que possa auxiliar a compreensão do texto. Por fim, também considerei as letras pequenas.

É isso!
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