Principal avaliação positiva
5,0 de 5 estrelasUm thriller de primeira, com uma heroína realmente memorável
Avaliado no Brasil em 4 de junho de 2018
"Tive numerosos inimigos ao longo dos anos e aprendi uma coisa: não aceitar o combate quando é certo que se vai perder. Em compensação, jamais dê folga a quem o demoliu. Seja paciente e responda quando estiver em posição de força, mesmo que não haja mais necessidade de responder".
Larsson, Stieg. Os homens que não amavam as mulheres (Millennium).
Dizem que cada geração tem seu herói para se guiar. Assim, alguns tem Harry Potter, eu tenho a Lisbeth "Sally" Salander.
Não que eu não conhecesse a história, ela é bem conhecida graças à produção americana de 2012 com Daniel Agente 007 Craig no papel de Mikael Blomkvist e Rooney Mara fantástica como Lisbeth. Também há uma produção sueca de 2009 que filmou os três livros ao qual ainda não asssisti. Mesmo assim, o livro é inacreditável. Me segurou do início ao fim, em detrimento de outros livros que estou lendo, e me lembrando coisas fantásticas que sempre gostei deste tipo de romance, isto é, Thriller, que foi onde eu efetivamente comecei a ler, quando criança. Coisas como Sidney Sheldon, e Agatha Christie (é eu sei, mas um começo é sempre melhor que não começar). As referencias culturais estão em toda parte, mas não é essa a essência do texto - algumas são exclusivas para quem conhece um pouco da suécia, o que me fez pesquisar um pouco, mas, no geral nada que já não seja familiar - intrigas globais, perseguição, suspense etc. Recomendo fortemente para quem ainda acha que livros sempre vão contar uma história melhor que um filme; se não só por isso, então por que você vai conhecer uma heroína fantástica, que é capaz de dominar habilidades tão díspares como ciência de computação, conserto de moto e pugilismo; e se ainda não te convenci, basta lembrar que é um baita best-seller, que não te deixa sozinho no meio do caminho e te leva por caminhos bem trilhados do início ao fim da trama, com uma narração onisciente que te informa sobre coisas de todo tipo, como mercado de ações e quantidades de arquivos que as redações de jornais acumulam. O autor, que morreu antes de aproveitar o sucesso enorme da sua publicação é um jornalista sueco que, segundo a lenda, resolveu um dia ficar rico e o faria escrevendo romances. E, merecidamente, conseguiu.