2 de dezembro de 2019Ainda tentando entender como eu me sinto em relação a essa leitura.
O início é tipo um soco na barriga, uns detalhes de uma pobre criança passando por uma situação difícil e descrita de maneira minusiosa pelos médicos causando arrepio nos leitores...após isso o livro fica bastante lento -até demais- então lá depois da página 80, King traz um ar de suspense, mistério e macabro para o livro, com assassinato, e uma investigação polícial meio, digamos, relaxada...então novamente o livro fica parado e perdeu aquele ritimo instigante.
Esse tema abordado por King trazendo um gêmeo do capeta foi algo mais pro lado sobrenatural, bem criativo e trabalhado, faz lembrarmos de todos pseudonimos criados por autores para lançarem outro tipo de livros, e isso foi tão bem trabalhado que a no decorrer da leitura parece real,mesmo. E quando lemos os extras ai sim, sentimos que o autor sempre traz algo da vida dele para sua escrita, foi bem interessante saber mais sobre ele e informações que eu desconhecia, vale muito cada página.
...Mas voltando a estória do livro em si, Thad nosso mocinho tenta lutar contra o pensamento que seu pseudônimo tenha criado vida após ele definitivamente matá-lo fazendo até uma lápide, colocando assim todos em risto, mas George Stark, apesar de ser do capeta ele tem afeição sim por seu "irmão e a família", fazendo com que ele tente outros meios para forçar Thad voltar a escrever, porém agora juntos.que não seja a morte e torutra e isso faz com que o livro torne a ter um bom ritmo de leitura.
Achei somente que um livro de 464pg poderia ser resumido em 300páginas, é muita tentativa de solidar a esposa, seus filhos, a policia e outros personagens...porém isso não tira totalmente o brilho do livro só o deixa massante para ler em alguns momentos, ao menos para mim.
Alguns trechos que achei totalmente alucinantes e bem King, me deixando apaixonada:
- Psicopompos? - Do grego quer dizer "os que conduzem". Nesse caso os que conduzem' almas humanas' indo e voltando entre a terra dos vivos e a dos mortos."
" A peculiaridades dos atos é diretamente proporcional à inteligência do homem ou mulher afetado. "
"Thad fechou os olhos que Deus tinha colocado no rosto dele e abriu o que Deus tinha colocado na mente, o olho que insistia em ver até as coisas que ele não queria olhar. Quando as pessoas que tinham lido os livros dele o conheciam, sempre ficavam decepcionadas. Elas tentavam esconder, mas não conseguiam. Ele não guardava ressentimento, porque entendia o que eles sentiam... Ao menos um pouco. Se gostavam do trabalho dele ( e algumas alegavam até amar ) , eles o imaginavam como um cara que era primo de Deus. Em vez de um deus , elas viam um cara de mais de um metro e oitenta e cinco, de óculos, que estavam começando a ficar calvo e tinha como hábito tropeçar nas coisas. Viam um homem com caspa e um nariz com duas narinas, como as delas. O que elas viam era aquele terceiro olho na cabeça dele. Aquele olho brilhando na metade sombria dele, o lado que estava sempre na sombra... Aquilo era divino, e ele ficava feliz que as pessoas não pudesse ver. Se pudessem, ele achava que muitas tentariam roubar. Sim, mesmo que signicasse arrancar falo com uma faca cega."
"Com a mão direta no cabo do revólver, Hamilton levou a esquerda até a cintura. Os cintos de trabalho na humilde opinião de Hamilton, também estavam ficando melhores. Ele era fã do Batman, o Cruzado Encapuzado, desde criança. Desconfiava até que em parte tinha sido por causa do Batman que virou policial ( esse foi um pequeno factoide que ele não botou no formulário ). Seu acessório favorito do herói não era o Batposte bem mesmo o Batmovel, mas sim o cinto de utilidades. Aquele acessório maravilhoso parecia uma boa loja de presente: tinha uma coisinha para casa ocasião, fosse uma corda, óculos de visão noturna oi algumas cápsulas de gás lacrimogênio. Seu sinto não era tão bom mas do lado esquerdo havia três aros que prendiam três itens muitos úteis. Um era um cilindro a bateria vendido com nome de Down Hound! Quando apertava o botão vermelho em cima do cilindro emitia um assobio ultrassônico que transformava até pitbulls furiosos em gelatina. Ao lado ficava uma lata de spray de pimenta (o gás lacrimogênio da polícia estadual de Connecticut), e do lado uma lanterna."