Principal avaliação crítica
1,0 de 5 estrelasUm box no divã
Avaliado no Brasil em 5 de abril de 2019
Imaginei esta caixa da Nova Fronteira passando por uma psicanálise, com o objetivo principal de interpretar o enorme "ato falho" do box: a falta de sumários!
No primeiro volume, não há qualquer tábua de conteúdos, nenhuma indicação para descobrirmos em que página começa cada um dos romances ali reunidos, muito menos seus respectivos capítulos. São mais de 800 páginas para você ficar folheando até achar o início do texto que quer.
A coisa piora um pouco, porque mesmo nos volumes 2 e 3, que têm sumário, as indicações são insuficientes. Ficamos sabendo que a coletânea "História e sonhos" começa na página 15, e em seguida que "Outros contos" vem na página 281, depois vindo o "Diário íntimo" na 443. Imagine você pegar a Régis Bittencourt e as únicas placas indicativas são "Estado de São Paulo" e "Estado do Paraná", nada, nada a mais — nem Waze. Pois bem, ler um livro de contos com quase 300 páginas sem ter um índice é uma experiência análoga. Se você quiser achar "O homem que sabia javanês" ou "A nova Califórnia"... bom, vá folheando, folheando, que uma hora você dá de cara com o título... não se distraia, hein?!
O box é bonito, as capas duras são legais, a encadernação e o acabamento são bons, a letra é em tamanho agradável e também o papel, amarelado, facilita a leitura. Não é fácil de manusear livros de oitocentas e poucas páginas, com quase vinte e cinco centímetros de altura, mas isso eu já imaginava quando comprei o box. O surpreendente foi mesmo essa ausência dos sumários, a qual quase faz parecer que se trata de livros para NÃO serem lidos — enfeites de prateleira e nada mais.
OBS.: A editora poderia fazer a cortesia de produzir esses índices e disponibilizar aos compradores do box, como uma forma de "errata", mas não tenho nenhuma esperança de que o fará.
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EDIÇÃO: Troquei meu box no sebo, para pelo menos diminuir o prejuízo financeiro.